Plano Piloto - Marianne
Nada melhor que um title card pra começar um post tardio! |
BEM-VINDOS AO
PLANO PILOTO! O quadro onde eu vou falar sobre algo que eu assisti esses
tempos! Hoje vamos aproveitar o FABULOSO dia das bruxas, a culminação da minha
espera anual, pra falar de uma série de terror nova da Netflix! Uma série que
vai te fazer gritar “SACRE BLEU!” enquanto come ~le baguette~ untado com uma
~beurre noisette~ artesanal de ervas! Hoje eu, o Tubarão Asmático, vou falar
pra você, meu AMADO e APRECIADO leitor, sobre Marianne! Sem mais delongas...
vamos começar!
Primeiro: pra vocês que não sabem, Marianne é uma série de
terror francesa que chegou à Netflix em setembro deste belo ano. Ela conta a
história de Emma Larsimmon, uma escritora tremendamente babaca conhecida
mundialmente por sua série de livros, Lizzie Larck, que por sua vez trata da
jovem Lizzie, que é perseguida por uma bruxa fantasmagórica antiga chamada
Marianne. É deixado claro bem cedo na série que Marianne não é uma invenção de
Emma, mas sim uma entidade real que a assombra desde a infância. Esse é meio
que um resumo spoiler free da história, BEEEM por alto, e não mostra nem de
longe o que tem de mais interessante na série.
os pontos mais interessantes da série, na minha concepção,
podem ser divididos em três: personagens, narrativa e lore. Então vamos falar
desses três aspectos individualmente!
Primeiro: Personagens.
Os personagens são todos interessantes e bem desenvolvidos,
com motivações, paixões, personalidades e traumas únicos que os definem e
separam. Todos eles parecem e agem como pessoas reais. O perdão deles com os
erros constantes de Emma tem limite, aqui os relacionamentos acabam ou evoluem
de maneira natural. O melhor exemplo de personagem pra mim é o Inspetor Ronan,
policial que está ajudando Emma a investigar seu caso. Apesar de não ter tanta
nuance quanto alguns dos outros personagens, eu acho muito interessante que sua
motivação por trás de grande parte do caso é o fato de ele ser fã do trabalho
de Emma. Eu acho isso bem legal, principalmente considerando que personagens
policiais geralmente são interpretados com o mesmo arquétipo; o cara durão que
viu muita coisa feia nas ruas e agora é fechado.
Emma Larsimmon chama atenção como protagonista por ser uma BABACA GIGANTE |
Segundo: Narrativa.
A narrativa da série é apresentada de uma maneira ~très
interessant~. Em muitos pontos, ela se assemelha com a narração de um livro,
uma escolha temática muito legal que eu vejo sendo pouco usada, o outro exemplo
que eu tenho disso é Alan Wake (um dos meus jogos favoritos). Além disso, a
história segue de modo interessante, sempre deixando algum mistério no ar,
geralmente com algumas dicas discretas, mas que chamam atenção. O melhor
exemplo disso é o buraco, um elemento da história que é apresentado logo no
começo sem explicação e permanece lá até final da primeira temporada, quando é
revelado (eu acho?) o que ele é.
Por último, e pra mim mais importante, é a lore.
Pra quem não sabe, lore é o termo utilizado pra descrever
as informações de um universo fictício, como lendas, povos, tradições e afins.
Nesse caso, o termo é pertinente para os poderes e fraquezas de Marianne, que
são definidos por Emma em seus livros. Por ser uma entidade etérea, a bruxa é
capaz de possuir as pessoas, algo que ela acaba fazendo com a mãe de Caroline,
(que, por sinal, é um pontos altos da série pra mim, a atriz Mireille
Herbstmeyer ARRASA como Marianne, a performance dela é convincente e
horripilante!) amiga de infância de Emma. Além disso, ela pode também lançar
maldições, matar rápida e furtivamente e transportar suas vítimas pra outro
plano, tudo graças a um contrato com um demônio com quem ela é casada. Por
sorte, os pontos fracos da bruxa são claros e facilmente exploráveis. Ela é
incapaz de mentir sobre sua identidade, pode ser removida das vítimas na base
da porrada e pode ser atacada por símbolos sagrados, como uma cruz. Parece o
básico pra uma bruxa, mas eu achei que a maneira em que essas habilidades foram
implementadas na série foi super interessante e bem pensada, tendo algumas
limitações, como a necessidade de usar amuletos feitos com materiais
específicos (e muito perturbadores).
Mireille Herbstmeyer como Marianne, destruindo boas noites de sono no mundo todo. |
Os riscos aumentam gradativamente conforme a história
continua, deixando o espectador cada vez mais ansioso com o que vai acontecer a
seguir em meio ao mar de mortes, sequestros e desaparecimentos. Na verdade não
é bem um mar porque a quantidade é bem baixa, tá mais pra uma lagoa. Sim, uma
lagoa de mortes, sequestros e desaparecimentos. As situações em que Emma é
inserida são, no mínimo, traumatizantes, mas nenhuma delas se compara ao peso
da revelação que acontece nos últimos minutos da temporada. Uma revelação que VOCÊS
vão ter que descobrir sozinhos, já que eu, o Tubarão Asmático, não vou dar
spoilers dessa vez!
Apesar do mindinho deficiente, eu me orgulho bastante dessa pixel art que eu fiz! |
E isso é só pra Marianne, uma série de terror fantástica,
cheia de mistérios, com personagens convincentes e ideias originais!
Infelizmente a Netflix ainda não renovou a série pra uma segunda temporada, mas
considerando o sucesso dela e o cliffhanger gigante no fim da temporada, eu
tenho certeza que, mais cedo ou mais tarde, nós vamos ter notícias novas. Eu
sou o Tubarão Asmático, jornalista, escritor e matador de bruxas. Obrigado por
ler e até a próxima!
Comentários
Postar um comentário